O Congresso da Bolívia aprovou ontem a polêmica Lei Eleitoral que dá luz verde aos comícios gerais de 6 de dezembro, pelo qual o presidente Evo Morales pôs fim à greve de fome que iniciou há seis dias para exigir esta norma.
Passada quase uma semana de intensas negociações, o oficialista Movimento ao Socialismo (MAS, o partido de Morales) e a oposição conseguiram consensuar o texto da lei, e Morales concluiu a greve que manteve no Palácio do Governo junto a líderes sociais que o apoiaram. Nestes dias ingeriu água, caramelos, mate e folhas de coca, e sua saúde se manteve “estável”.
A lei aprovada, obrigada pela nova Constituição boliviana, regulará as próximas eleições presidenciáveis, nas quais Morales tentará revalidar sua liderança. Para chegar a este acordo foi determinante o compromisso de Morales e da Corte Nacional Eleitoral (CNE) de confeccionar um novo padrão de votantes, uma exigência da oposição para garantir eleições “limpas”.
Ao Estado boliviano custará 35 milhões de dólares confeccionar o novo censo “biométrico”, que incluirá registros digitalizados de fotografias, impressões de digitais e assinaturas dos votantes. Oficialismo e oposição chegaram também a acordos na cota de representação para os indígenas (oito cadeiras parlamentares na Câmara) e no voto de bolivianos que vivem no exterior.
http://www.elpais.com/articulo/internacional/Morales/acaba/ayuno/acuerdo/Congreso/elpepuint/20090415elpepiint_5/Tes
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